Recentemente a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) anunciou a mudança do valor de referência da Vitamina D. Segundo a nota publicada pela Sociedade, até então o valor normal era acima de 30 ng/mL. Porém, atualmente estão sendo aceitos valores a partir de 20 ng/mL.
Ainda segundo o comunicado, pacientes que estão entre as dosagens de 20 a 30 ng/mL não necessitam de reposição da vitamina.
O Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), presidido pela Dra. Carolina Moreira, informou que os valores de normalidade da 25 OH vitamina D vêm sendo discutidos há algum tempo pelas Sociedades. Esse valor de referência de 30 ng/mL havia sido proposto pela Endocrine Society e a SBEM.
O posicionamento do Departamento após a alteração é de que:
Os pacientes, nestes casos, apresentam dor óssea, fraqueza muscular e podem ter fraturas; e acima de 100 ng/mL é considerado elevado com risco de hipercalcemia (quando a quantidade de cálcio no sangue é maior do que o normal) e intoxicação.
Pró-hormônio, produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele, a vitamina D pode ser encontrada em alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ou em cápsulas ou comprimidos.
Em alguns casos de deficiência de vitamina D o paciente pode ser assintomático. Quando os sintomas aparecem é importante ficar atento à fadiga, fraqueza muscular e dor crônica.
O médico patologista clínico e diretor de Ensino da SBPC/ML, Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, destacou que é essencial realizar exames frequentes para acompanhar o nível de vitamina D, principalmente nos pacientes idosos. “A detecção de deficiência da vitamina D auxilia na prevenção de diversas doenças que afetam esse grupo. É importante salientar também que os valores acima de 100 ng/mL são tóxicos, e a reposição deve ser feita com acompanhamento médico.”